Industrialização da Região Sudeste
Os fatores da industrialização no Sudeste
O desenvolvimento industrial na região ocorreu principalmente a partir
do século XX, após o declínio do café. O café ocupou durante muito tempo
lugar de destaque nas exportações e essas “seguravam” a economia
brasileira. Na região sudeste os estados produtores de café eram
principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
O declínio do café, no final da década de 1920, foi provocado pela crise
de 29, por não oferecer grandes lucros uma grande parcela de
fazendeiros vendeu suas propriedades. Com o recurso adquirido na venda
das fazendas investiram, entre outras, na indústria, as primeiras se
limitavam ao setor têxtil, alimentação, bens de consumo, sabão e velas.
O surgimento das indústrias na região sudeste está vinculado à produção cafeeira decorrente da:
• Grande quantidade de trabalhadores da produção do café foi atraída
para trabalhar nas indústrias que iniciavam suas atividades.
• Rede de transportes, uma vez que as
infraestruturas eram usadas para escoar a produção de café das fazendas
para os portos, com a introdução das indústrias esses mesmos trajetos
serviam para transportar matéria prima e mercadorias.
• Do grande número de mão-de-obra
imigrante presente no Brasil, esses já tinham experiências industriais,
pois a maioria era de origem europeia e nesse período a Europa já havia
passado pelo processo de industrialização.
A indústria e os recursos naturais
Os minérios e as energias favoreceram a expansão das indústrias, tendo
em vista que esse dois são importantes e fundamentais elementos dentro
do processo de industrialização, nesse quesito a região era bem servida,
proporcionando a instalação de fábricas nas suas mediações.
No final das décadas de 40 e 50 houve a criação das indústrias de base
no Brasil, mais precisamente na região sudeste, como a CSN (Companhia
Siderúrgica Nacional), Vale do Rio Doce e a Petrobras. Todas as mudanças
para implementar a indústria promoveram a expansão de diversos
seguimentos industriais.
Em Minas Gerais as principais jazidas
eram de extração de ferro, manganês, bauxita e ouro, o local ficou
conhecido de quadrilátero ferrifero. Nesse mesmo momento ocorreu a
construção de várias usinas hidrelétricas, fato importante, pois havia
uma crescente demanda de energia para abastecer ou suprir as
necessidades desse setor produtivo, além das residências e comércio.
Transportes e a integração da Região Sudeste
O desenvolvimento do transporte favoreceu
o desenvolvimento industrial e econômico de toda a região e também do
Brasil. Alienado ao crescimento das indústrias e à evolução dos
transportes ocorreu, simultaneamente, o aumento populacional gerando um
maior fluxo de mercadorias e de matéria prima.
A expansão comercial contribuiu para uma integração entre os estados que
integram a região. Uma das principais e mais importantes etapas do
processo industrial e econômico foi a implantação das empresas
fabricantes de veículos automotores, na década de 50, que impulsionou a
construção de rodovias, a criação delas contribuiu para uma maior
integração entre os entes da região e também com outros estados e que
mais ainda favoreceu o processo de povoamento. Em pouco tempo as
rodovias superaram as ferrovias, tanto é que as ferrovias atuais
continuam com a mesma extensão do período da produção de café, cerca de
12,4 mil km.
A distribuição da indústria no Sudeste
A distribuição das indústrias na Região Sudeste possui uma hierarquia,
em que alguns estados são mais desenvolvidos industrialmente com base na
concentração do número de indústrias presentes. Desse modo fica
ordenado da seguinte forma: em primeiro lugar a Grande São Paulo, em
segundo Rio de Janeiro e terceiro Belo Horizonte, sendo que a primeira e
a segunda são as megalópoles brasileiras.
Fonte: http://www.brasilescola.com/brasil/industrializacao-regiao-sudeste.htm